Jornada de Lutas para salvar vidas e o Brasil

SISMMAR participou e apoiou ações para conversar com trabalhadores sobre ataques aos direitos e a falta de planos eficazes contra a pandemia

Direção do SISMMAR conversou com servidores da Semusp desde o começo desta sexta-feira. (10/07/2020) – Foto: Phill Natal/SISMMAR

Como parte da série de atos que tiveram início nesta sexta-feira (10) em todo o Brasil, o SISMMAR participou de ações desde as primeiras horas do dia. Convocada por centrais sindicais, movimentos sociais e entidades civis, em  Maringá e outras dezenas de municípios de todas as regiões, a Jornada de Lutas busca chamar a atenção, sobretudo dos trabalhadores, para os retrocessos sociais e a falta de medidas eficazes durante a pandemia de covid-19. 

Por volta das 6h, diretores do sindicato começaram com uma ação na sede da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp), para panfletagem de material informativo e conversas com os servidores municipais. Cumprindo todos os protocolos de saúde, o distanciamento de no mínimo social foi respeitado durante todo o tempo, juntamente do uso de máscaras e álcool em gel  para a entrega do material em segurança. 

Com esta categoria, o principal objetivo foi debater sobre a Lei Complementar 173/20, do governo federal, que resultou no congelamento de salários e bloqueios de diversos direitos desde 28 de maio deste ano até 31 de dezembro de 2021. A entidade classifica que atacar trabalhadores de renda baixa, enquanto classes mais ricas são poupadas, é injusto e ineficaz para combater as crises sanitária e econômica. 

Após a iniciativa com os servidores, um grupo formado especialmente por integrantes de movimentos sociais e entidades maringaenses se dirigiu ao Terminal Intermodal. Também com respeito às medidas de saúde, a ação informou a população sobre a necessidade de pautar políticas sociais que defendam uma renda digna, os empregos dos trabalhadores, bem como avançar em direção a uma quarentena efetiva, como a única possibilidade de salvar vidas e controlar a pandemia do novo coronavírus. Em menos de quatro meses, o Brasil superou nesta sexta-feira a marca de 70 mil mortos pela doença e quase 1,8 milhão de casos confirmados. Além de duas demissões de Ministros da Saúde, há aproximadamente 60 dias um militar ocupa a pasta de maneira interina.

No período da tarde, a Jornada de Lutas teve continuidade em fábricas de Maringá, especialmente nas trocas de turnos. Assim como nas demais ações, materiais esterilizados foram entregues enquanto os temas do direito à vida e a garantia da renda, sem ataques aos trabalhadores, foram debatidos amplamente. O principal ponto de interesse se deu pelas críticas às Medidas Provisórias 927 e 936, ambas da presidência da República, que reduzem os salários, suspendem contratos e afetam os direitos trabalhistas. 

Ao final de todos os atos nesta sexta-feira, o SISMMAR e as demais entidades classificaram o primeiro dia da Jornada de Lutas como positiva e de grande importância para o esclarecimento sobre os ataques do governo federal contra os trabalhadores, bem como a falta de políticas efetivas de combate ao vírus em estados e municípios.

A organização defende que o caminho para condições dignas passa por medidas como a suspensão do pagamento da Dívida Pública, a taxação de grandes fortunas, o subsídio aos pequenos comerciantes, entre outras ações que cobrem dos mais ricos e poupem os mais pobres. A Jornada nacional continua nesta noite com um “panelaço” às 20h e Plenária unificada pelo “Fora Bolsonaro e Mourão, já!”.

Material informativo foi disponibilizado sobre os ataques aos salários e demais direitos dos servidores em meio à pandemia. (10/07/2020) – Foto: Phill Natal/SISMMAR
Compreendendo a gravidade da situação, servidores apoiaram os atos. (10/07/2020) – Foto: Phill Natal/SISMMAR
Vestindo preto, equipe do SISMMAR apoia Jornada de Lutas em Maringá e todo o Brasil. (10/07/2020) – Foto: Matheus Gomes/SISMMAR

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