Aumento para o prefeito só depois do PCCR, defende Arquidiocese

Em nota sobre os supersalários de prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, a Arquidiocese de Maringá cobra a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) dos servidores do município. No entendimento da cúpula da Igreja Católica, o aumento para os gestores só poderia vir depois do PCCR.

Essa não é, evidentemente, uma preocupação da administração Barros. Enquanto os supersalários foram sancionados a toque de caixa, já se passaram quase 500 dias desde que o prefeito prometeu e não enviou o PCCR para ser aprovado na Câmara Municipal.

O SISMMAR, que foi a primeira entidade a repudiar publicamente os supersalários, agradece o apoio e a sensibilidade da Arquidiocese de Maringá ao tratar desse desmando da administração municipal, que se nega a implantar o PCCR, e dos vereadores, que aprovaram os supersalários de R$ 25 mil para prefeito e de R$ 12 mil para vice-prefeito e secretários.

Abaixo a nota da Arquidiocese:

Diante da discussão sobre os valores dos salários (subsídios) de prefeito, vice-prefeito e secretários municipais de Maringá – aprovados pela Câmara Municipal em 2011 e sancionados em novembro do mesmo ano – a Arquidiocese de Maringá, tendo consultado o clero e o Conselho Arquidiocesano de Leigos e Leigas (CALLM), considera necessária e urgente a retomada do debate em torno do assunto, assim como ocorreu com os subsídios dos vereadores, cujo valor para a próxima legislatura ficou estabelecido em R$ 6.900,00, em vez dos 12.000,00 anteriormente votados. Na ocasião, o salário do prefeito foi fixado em R$ 25.000,00; os do vice-prefeito e dos secretários municipais, em R$ 12.000,00.

Tendo como parâmetro o último reajuste salarial dos servidores municipais de Maringá, de 1º de abril de 2012, que foi de 8%, a Arquidiocese de Maringá considera justo que também prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, que vão administrar o Município de Maringá entre 2013 e 2016, tenham seus salários reajustados em igual percentual.

Para usar alguns comparativos, tomem-se os salários-base de algumas categorias de servidores, vigentes desde 1º de abril deste ano:

Coletor de lixo (40hs): R$ 627,00
Médico (20hs): R$ 3.436,00
Professor (20hs): R$ 1.031,00

Consideramos também fundamental que a sociedade maringaense passe a participar ativamente do debate sobre o plano de carreira dos servidores municipais, que aguarda ser implantado pelo Executivo. Esperamos que tal plano atenda às justas reivindicações dos trabalhadores. Somente após tal providência – sempre ouvida a sociedade e partindo de critérios objetivos – será legítimo discutir novos valores de salários tanto para prefeito como para vice-prefeito e para secretários.

Sendo assim, a Igreja Católica em Maringá é favorável ao estabelecimento dos seguintes valores de salários para prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, já contemplados com o reajuste de 8%, de 1º de abril deste ano:

Prefeito: R$ 18.724,00
Vice-prefeito: R$ 9.020,00
Secretários municipais: R$ 9.020,00

Esperamos que a sociedade se mobilize e participe dessa discussão. A democracia só se efetiva com a participação dos cidadãos e cidadãs.

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