MAIS UMA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NA ATUAL ADMINISTRAÇÃO.

MAIS UMA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NA ATUAL ADMINISTRAÇÃO.

No início da tarde de quinta-feira,13/03, mais uma vez fui transferido de local de trabalho durante essa administração. Para justificar a transferência, o ofício diz que: “… pela falta de profissionais qualificados para trabalhar na central de material…” e “… pelo fato do servidor Paulo Vidigal ter sido colocado á disposição pela chefia direta…”.
A justificativa não condiz com verdade. Em nenhum momento tive conhecimento que havia sido colocado à disposição pela chefia e muito menos os motivos da transferência. E o que se entende por “falta de profissionais qualificados”? Como auxiliar de enfermagem sou habilitado a trabalhar no setor para onde fui transferido, mas fora a formação obrigatória, não participei de nenhum curso de aprimoramento que me “qualificasse” tanto assim para esse setor.
A verdade é que fui transferido por outros motivos. É fato público que faço críticas à atual administração. Principalmente sobre a política de saúde pública, setor que trabalho há anos e conheço de perto o caos em que se encontra. Algumas dessas críticas foram inclusive publicadas em jornais de grande circulação. Coincidentemente, o artigo publicado nesse jornal e que precedeu minha transferência responsabilizava a atual administração pela ineficiência do Programa Saúde da Família. Muitas outras são publicadas diariamente na minha página na internet. Mas não é só isso.
Durante essa administração batalhei na linha de frente em duas greves e participei de movimentos contra a privatização dos serviços públicos. Publicizei que um assessor do prefeito, hoje secretário municipal, estava sempre presente nas manifestações filmando e fotografando servidores. Por denunciar a “arapongagem” nessa administração, tão presente nos anos da ditadura militar, sou acusado judicialmente de ter cometido calúnia e difamação. Participei do conselho local num posto de saúde questionando os problemas daquele posto, expondo a ferida e estimulando os moradores a cobrar dos verdadeiros responsáveis pelo caos na saúde pública de Maringá. Diga-se de passagem, não são os servidores. Posteriormente, após ter meu nome exposto publicamente, sendo atribuido à mim atos que não cometi, fui demitido injustamente pelo atual prefeito. Prova dessa injustiça é que o mesmo prefeito foi obrigado judicialmente a me readmitir juntamente com mais vinte e oito trabalhadores. Ademais, milito ativamente num partido político que não só localmente mas nacionalmente, defende intransigentemente os direitos da classe trabalhadora e suas lutas. Esses são só alguns exemplos dos verdadeiros motivos de mais uma transferência.
Tenho a consciência tranqüila de que sempre atendi a população com humanidade e respeito que todo pessoa merece. Sempre me coloquei no lugar daquele que procura um serviço público de saúde. Mas para atual administração, isso não é o mais importante.
Dessa vez, fui transferido quase que para um isolamento. Onde ao contrário de um posto de saúde, sempre lotado de pacientes insatisfeitos, praticamente não terei contato com servidores. Outras perseguições que sofri durante essa administração chegaram até a prejudicar minha saúde. Mas levanto a cabeça, sigo em frente e continuo na luta.
Finalizando reafirmo: a atual administração ao invés de usar do bom senso e do diálogo com os trabalhadores, classe que faço parte, penaliza aqueles que a criticam com perseguições e retaliações políticas dignas do coronelismo. Infelizmente Maringá vive um retrocesso da democracia.

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